sexta-feira, 13 de junho de 2008

Seria melhor ter perdido para o Botafogo


Na verdade, olhando friamente os números, olhando os objetivos atingidos, não acredito nisso. Mas é a sensação que fica ao olhar a reação da torcida. É a sensação que tenho quando me lembro da dor da desilusão. Seria melhor ter sido eliminado naquela disputa de penaltis pelo Botafogo. Teria doído. E também perderíamos a alegria extrema daquela vitória. Mas teria sido um preço justo para evitar o sofrimento da última quarta-feira.

E mais do que isso: teria sobrado algo. Porque chegamos àquela decisão por penaltis após muita luta, após resultado adverso, e belo gol de Chicão. O Felipe seria cobrado pela falha, mas nada que se compare à falha decisiva da final. Provavelmente haveria um cristo, que pagaria pela falha nos penais, mas seria um apenas, que pagaria pelos demais. A final de quarta, a fatídica partida para a qual o Corinthians não foi, não deixa isentar ninguém. Ninguém jogou nada! Ninguém se salva! Até quem parecia unanimidade, símbolo de entrega e luta, não se entregou, não lutou.

O que fica não é um resultado a se lamentar, como teria sido nas semi-finais. O que fica é todo um sentimento de frustração, decepção... E só! Porque diante disso, e diante da desilusão da torcida - a agora corneteira torcida corinthiana - e diante de um ano sem objetivos ambiciosos, e com dívidas milionárias, temo que não reste sequer elenco decente para o segundo semestre. Temo que o processo de fritura e de impaciência que virá das arquibancadas, aliadas à aparentemente sem graça (de tão fácil) Série B, sejam os álibis perfeitos para a diretoria "fazer caixa". E aí não vai sobrar nada mesmo. E temo ter emoções até na fraca Série B (e sinceramente, está melhor assim, sem muita emoção e com muitas vitórias).

Não pára, não pára, não pára!

Mesmo a dor sendo grande, o coração não aprende. Após passar um day-after sofrido, murcho, sem querer sequer ler notícias sobre futebol, e fugindo das piadinhas e gozações, hoje acordei com a inabalável vontade de torcer pelo Timão, e de falar de Timão, e de comprar camisas, e de iludir-se e entregar-se quantas vezes mais.

Acordei querendo saber d0 time que encara o Brasiliense, defendendo os 100% na sem graça Série B. E, com isso, volto a me preocupar com esse clima avassalador que abateu a torcida, e que certamente fará presão, e com ela, vítimas. Porque não é possível que um time que voava há 2 dias, agora não preste mais, não salve nada.

Fico na esperança de que o abatimento não atinja os jogadores. Torço também para que os ótimos Douglas e Elias transponham a diferença que afasta o derrotado Corinthians da final da Copa do Brasil de um time realmente completo e vencedor. Rezo para que não passem de boatos as notícias de que Mano Menezes poderia estar de malas prontas, e para que fique, continue seu ótimo trabalho, e que aprenda a lidar com o Corinthians, um time grande, imenso. E que aprenda a ganhar títulos também. Terá um ano todo para isso.

Acima de tudo, tenho fé que a Fiel ao menos não deixe de ser Fiel, e que a surpreendente boa campanha da Copa do Brasil não seja justamente a vilã do bom time que estávamos formando, e que não esqueçam que esse nunca foi nosso objetivo final. E se podíamos ganhar, e não ganhamos, é porque ainda falta algo, e não que tudo esteja errado. Que não se perca tudo que já foi avançado, pois pior que a perda de um título, é a morte da esperança, da fé no Timão.

Não pára, Corinthians!

Um comentário:

Anônimo disse...

Graças a Deus que você não só não entende nada de futebol como ainda é um péssimo "pai Diná"