quinta-feira, 17 de abril de 2008

Aqui é... Aqui é o que mesmo?


Aqui é Corinthians.

Será?

De 2004 até hoje, tirando a parceria com a MSI em 2005, passamos todos os tipos possíveis de vergonha. Quase rebaixamento, derrota em todos os clássicos possíveis, rebaixamento de fato.

Isso é Corinthians?

Não. Não é.

Claro que o futebol brasileiro tem passado por um processo de degradação, isso é evidente.

Mas o Corinthians está fazendo parte integrante deste processo, e pasmem, este é o menor dos problemas.

O maior problema é ver o time se desintegrando aos poucos e a torcida sendo conivente com todo este processo.

Passou da hora de começarem os protestos.

E você? Já fez sua parte?

Eu tentei. Fui de cueca preta hoje............

terça-feira, 8 de abril de 2008

Carlos Alberto


Sim, Carlos Alberto, o gato. Mas por que resolvi falar justamente deste valente e polivalente jogador? Pela simples razão de que seu exemplo simboliza muito bem o que é e como está o Sport Club Corinthians Paulista.

Carlos Alberto é um mau jogador? Para responder essa pergunta, é preciso citar suas qualidades e seus defeitos.

Prós: Tem muita velocidade e muita disposição. Sua disposição desenha uma imagem de raça que é, sem dúvida, o que lhe dá muita simpatia com a torcida. E a velocidade lhe deu a simpatia do Mano Menezes para atuar como lateral/ala improvisado. Com ele atuando pela direita, o Corinthians ganhou muitas possibilidades nas saídas de bola, principalmente em jogos em que o time atua defensivamente (todos), pois ele consegue dar rapidez à bola, e sempre posiciona-se com algum espaço. Acabou, com isso, tornando-se uma peça muito presente no esquema alvinegro.

Contras: Não sabe chutar; não sabe cruzar; não tem bom passe; e não sabe marcar (basta ver, por exemplo, os gols tomados contra o Fortaleza e contra o Noroeste - em especial o segundo). E não é que não seja bom nesses fundamentos. Ele simplesmente NÃO SABE. Nada! Zero.

Ter, após uma eliminação, entre os jogadores salvos das críticas, alguém com baixa qualidade técnica, mas muita garra, não é novidade no Parque São Jorge.

Agora, ter um jogador como o Carlos Alberto apontado como um dos que se salvam para a sequência da temporada, é sim muito assustador. De que adianta uma saída rápida com a bola, se ao chegar lá na frente ele não vai acertar o cruzamento, ou o passe, ou o chute?

Há quem diga que ele não tem atuado bem por estar jogando fora de sua posição de origem. Ora, eu não creio que o simples fato de colocá-lo no meio-campo vá torná-lo um bom chutador, um bom passador e, o que é mais preocupante, um bom marcador.

Também não precisamos limá-lo. Como as outras opções para homens de marcação no meio sofrem da mesma carência (ou superior) de qualidade técnica, é possível aproveitá-lo vez por outra na função. Mas, por Deus, quando forem analisar as contratações necessárias para o Timão 2008, não contem o Carlos Alberto como titular! Não dá!

Do Ecstasy ao Desânimo



Até matei faculdade e os demais afazeres sexta-feira.
Eram 10h10 da manhã quando botei as bota (coturno) no busão rumo à capital da luxúria, também conhecida como "a cidade corinthiana de São Paulo".

Sabadão adentrei ao Palestra para o show de Mr. Ozzy Osbourne, já que com o Pacaembu em reformas, jogaram o show pro chiqueiro. Confesso que só não me senti pior porque já que se tratava do show da maior lenda do Heavy Metal, todos estavam de preto.

Antes de entrar, passei por 3 cabras fardados de verde e disse à minha namorada: "Ó os porco."
Ahh pra quê, levei um puta beliscão nas moelas e uma comida de rabo fudida.
Esqueci que não estava mais na calmaria roceira, onde penso e falo o que quiser, onde e como quiser. Praticamente assinei uma documento atestando liberação à tortura, mas por sorte não me ouviram.

Dia seguinte após o maior show da minha vida, ainda estava em ecstasy.

Não acreditava que eu vi o Mr. Madman a menos de 20m de distância.

Com aquele sorrisão de orelha à orelha, arrumei as tralhas imundas e segui pra Barra Funda, com o radinho de pilha* conectado no jogo de Bauru, crente na classificação...
Mas o Seo Lulinha & Cia. conseguiram o mais difícil.

Aos passarem os 90 minutos, incrivelmente meu bom humor se transformou em tristeza e decepção. Perdemos pra nossa incompetência e bichisse dos cagões que nos administram, e continuamos como os bobos da corte da imprensa.

É camisa roxa, 'Rock por Ti', 'Miss Corinthians' e um monte de baboseiras do caralho que agora inventaram pra "reavivar" o marketing alvi-negro (óóóóó)... Mas o melhor marketing de todos, que é o time campeão e a antiga imagem de time que sempre cresce nos momentos finais, ficou esquecido no passado. É como se junto com os escândalos e serpentes que se foram, já que agora DIZEM ELES que estão limpando o PSJ, se foi também a nossa tradição.

Engano meu ou senhor Andrés & cia. estão (a)fundando um novo Corinthians?
Esse que vejo em campo tá longe de ser o Todo-Poderoso, hein.

Aliás, há 2 anos vejo um time pequeno e covarde, com diretoria e comissão técnica covarde e seus apadrinhados jogadores medíocres entrarem em campo ostentando o manto sagrado, sem a mínima noção do que nosso estandarte representa.

Caímos em mais uma competição, pra variar.
Ninguém tá ligando pro fato da Bixarada, Parmera, Ponte e o grande Guará estarem nas semi-finais. Procure os jornais e veja se não é o nosso fracasso que está estampado?

Do alvi-negro ao roxo, do ecstasy ao desânimo.
Mas beleza, "não dá pra ganhar todas".
Só que também não precisa esculachar, né?

Eu queria mesmo perder uma vez, porque perder diretão tá foda.

Mas tipo...

[corinthianistas]
Ainda tem a Copa do Brasil... e dia 10/05 estaremos lá contra a seleção do CRB.

Somos corinthianos e não desistimos nunca.

E sabem por quê?

Porque por mais calhordas que estejam com as rédeas, acima de tudo e todos é o Corinthians que joga.
É o time do povo, é o Coringão. Pela lâmina da espada de São Jorge estás protegido.

Nunca vamos te abandonar, Corinthians... porque te amamos.
[/corinthianistas]

E vamo que vamo, Corinthians.
Levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima again and again and again.

(Mas que pra quem tava tão contente com o final de semana, essa derrota + desclassificação foi uma quebrada de perna lazarenta e um chute bem dado no saco...)




Val.
Evil Val.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Superstição


Sou um cara supersticioso. Tenho vergonha de dizer, mas confesso que sou.

E não me culpo por isso! Se tantas pessoas sofrem do mesmo mal, eu também posso sofrer!

Não piso em linhas nas ruas. Desvio de todas! Não passo em baixo de escadas, não quebro espelhos. Sair da cama de manhã, só com o pé direito! Até encostei minha cama na parede para facilitar o trabalho, assim nunca eu erro.

E essa superstição se estende ao futebol! Claro, se eu tenho superstição para tudo, porque não ter meus vícios em relação à minha paixão: o Corinthians.

Sim sim, tenho meus hábitos antes da partida.

Dormir antes de dia de jogo, só com meu pijama alvi-negro, com vários escudos do timão. Cueca preta, meia preta. Durmo uniformizado!

No outro dia, todo o ritual segue. A primeira e única roupa do dia é uma bermuda preta e minha camisa preta do timão... Claro, com todo o resto do uniforme, mas desta vez meias brancas. Ah, e cuecas pretas.

E assim foi o meu domingo de manhã. Acordei, tirei meu pijama do timão, tomei banho.

Já coloquei meu uniforme completo, camisa, shorts, meia... Saí pronto pra batalha! Mais uma guerra, mais uma vitória para nós! Vamos afundar o Norusca, e a peixada vai acabar com a Ponte na Vila! Eu estava certo disso.

Mas não foi bem o que aconteceu. Eu estava confiante, não desgrudei os olhos da televisão nem mesmo no intervalo! Fiquei lá, aguardando esperançoso pelos gols na vila, pelos gols em Bauru.

Na vila os gols foram suficientes, pena que os gols em Bauru não foram.

Eu não entendia o que tinha dado errado. Eu fiz tudo certo, toda a tradição, tudo perfeito! A camisa preta, a bermuda preta! A cueca.... a cueca????? A CUECA!

AZUL! Não acreditei quando vi. Não era possível aquilo. Como eu podia ter feito um erro bizarro daqueles? Uma infantilidade. Um descuido!

Descobri, então, o motivo da derrota. Não posso culpar o Herrera pelos gols perdidos! Eu sou o culpado!

Não posso culpar o Mano por escalar o Lulinha, nem pelo Lulinha ter se omitido do jogo. Nunca, eles não têm culpa alguma! A culpa é toda minha.

Não posso culpar o time por ter deixado de ganhar diversos jogos que acabaram empatados. Jogos relativamente fáceis, mas que a maldita cueca azul e seu poder sobrenatural ousaram atrapalhar

Imagina se existe algum motivo pra eu culpar o Bóvio por não ter afastado a bola no gol do Noroeste! Nunca! Nem vou culpá-lo pelas péssimas atuações no paulistão! Eu estava usando uma cueca azul!

Eu não seria incoerente de colocar a culpa na diretoria, seria um pecado de minha parte. Eles que foram muito profissionais ao não fazer pressão na FPF, que foram coniventes com o assalto na Vila, foram coniventes com o esquema “desenterra-porco” que está por aí, e são coniventes com o esquema de latas.

Não galera, não posso culpar ninguém, a culpa é toda minha. Minha e da cueca azul.

Já joguei a tal cueca no lixo, e vou providenciar para que minha gaveta fique totalmente preta. Não quero esse tipo de susto na Série B.

Perdão.

Dan...

sábado, 5 de abril de 2008

Tradições... onde estão ? onde estará ?


O que faz o time do povo entrar em campo com uma camisa roxa ?

O que faz o time do povo estar na segunda divisão ?

O que faz o time do povo possuir técnicos e comissão técnica bundões ?

O que faz o time do pove ter tido por 11 anos ninguém menos que seo alberto na presidência ?

O que faz o time do povo ter Nesy's e Wadi's em seu clube ?

O que faz o time do povo ser tão maltratado ?

O que faz o time do povo descaracterizado ?

O que faz o time do povo ser chacota da imprensa ?

O que faz o time do povo ir atrás de parcerias escusas ?

O que faz o time do povo perder suas tradições ?

Será o povo ? Será que o mundo moderno e sua ganância pelo poder abocanhou completamente os valores de outrora ? Os valores que haviam em cinco operários espanhóis do bairro do Bom Retiro ?

Não gosto desse mundo moderno, não gosto de perguntas cujas respostas estão bem na nossa frente. Contradição eu tê-las feito ? Não. Constatação.

Triste realidade

Quero meu clube de volta. Alvinegrodomeucoração!


Patricia

sexta-feira, 4 de abril de 2008

"Meu coração não tem divisão". "Meu amor não tem cor".


Desconheço os autores originais das frases acima, mas poderia facilmente tomá-las como minhas.

Sim, eu sei que já fiz, neste espaço mesmo, meu protesto ao uso do roxo. E hoje, após a primeira partida com o novo uniforme, mantenho minha queixa quanto à identidade ferida. Um pouco por ter sentido, durante o jogo, a estranha sensação, ainda que por frações de segundos, de estar torcendo para o time errado (o de branco). Ou talvez por ainda me recordar de histórias que sempre li, como quando o Corinthians venceu a final do Paulista de 1954, título que valeu a cobiçada Taça do IV Centenário da Cidade de São Paulo. Na ocasião, o adversário era o rival Palmeiras, que no dia optou por um uniforme azul. E aquilo, segundo os próprios jogadores alvinegros da época, fez com que por várias vezes eles esquecessem a grandiosidade do rival à frente. E isso não é brincadeira, nem exagero.

Mas, enfim, o Corinthians jogou de roxo, e, exceto àquelas frações de segundos, eu torci do mesmo jeito, e com a mesma paixão. E vencemos. E foi tão bom quanto. Aliás, dados alguns atos de selvageria de parte da torcida, a “vitória” do roxo foi até gratificante, justa. E eu sei que onde houver uma disputa em que esteja envolvido o nome e as cores (ainda que sejam outras) do Todo Poderoso, eu não conseguirei fazer outra coisa senão me entregar de corpo e alma na torcida.

E é por isso que quero deixar aqui declarada minha opinião sobre outro assunto (até porque esse assunto do roxo já deu no saco – sem qualquer referência à era Collor).

Eu tenho ouvido e lido, desde Dezembro do ano passado, muitos Corinthianos previamente desesperados porque terão que assistir nosso time na Série B esse ano. Os mais passionais, “prometem” chorar no dia da estréia, vendo o Corinthians tão distante de seu devido lugar.

Ora, o pior da queda é a queda mesmo. É o que dói. O pior foi ver meu time em atuações pitorescas, com jogadores que passavam longe das tradições e glórias do nosso Timão. Vê-lo terminar entre os quatro últimos colocados do Campeonato, o que, conseqüentemente, levou-o à Série B. Isso sim me fez chorar. Isso, realmente, não tem nada a ver com o Corinthians.

É claro que vai ser ruim passar um ano todo, um longo campeonato inteiro, sabendo que a máxima conquista será a volta do Corinthians a seu devido lugar. Sabendo que não haverá glórias ou conquistas que possam constar nas listas de grandes feitos do clube.

Mas também saberei que o pior já passou. E quero estar lá, no Pacaembu, no dia 10 de Maio, na estréia da Série B. E sei que gritarei e cantarei o nome do Timão com muito orgulho. Pois tanto faz se do outro lado está um CRB ou um Flamengo. Eu nunca olho para os adversários mesmo, independente da divisão.

O pior foi o rebaixamento. Levantar, sacudir a poeira, e dar a volta por cima, não é vergonha para ninguém.